Cheerleaders em Vale de Cambra
O intervalo e o 4º período do jogo foram os melhores momentos do Vale de Cambra no jogo de sábado passado com o Valença. Ao intervalo exibiu-se uma classe de dança que, além de se apresentar com as cores das Laker Girls, mostrou trabalho meritório num número agradável de seguir.
Em Portugal não é comum as equipas preocuparem-se em fazer do jogo um espectáculo que atraia e cative espectadores, nem sequer nas competições principais. Mais realce merece por isso a preocupação do Vale de Cambra em fazer do jogo a festa que ele deve ser. A 1ª parte foi de predominância da equipa da casa, face a um Valença que desperdiçou várias posses de bola a forçar iniciativas de 1 contra 5, à partida condenadas ao fracasso. A vantagem de 12 pontos ao intervalo (36-24) parece ter levado o Vale de Cambra a menosprezar o adversário e a desconcentrar-se. No 3º período foram os da casa que seleccionaram mal os lançamentos e privilegiaram o individualismo, deixando os do Minho aproximarem-se a 4 pontos (54-50). Ambas as equipas falaram muito durante o jogo, o que tem habitualmente um efeito de baixa de rendimento pela distracção que provoca. Mas no 4º período o Vale de Cambra entrou totalmente concentrado, elevou o ritmo de jogo usando alternadamente rápidas penetrações e lançamentos exteriores e cilindrou o Valença por 23-8, com 6 dos 8 pontos do Valença a serem marcados no último minuto, com o jogo já resolvido. O resultado final (77-58) evidencia o maior número de soluções do Vale de Cambra, rápido a sair para o contra-ataque, agressivo a defender e capaz de marcar pontos de diferentes posições do campo. O Valença apresentou aqui e ali bons movimentos, mas as acções pouco pensadas predominaram no seu jogo, não lhe permitindo discutir o resultado.
Grande jogo na cidade da Velha Academia, onde o FC Porto se deslocou para defrontar o Olivais e acabou por passar no exame, embora a tarefa não tenha sido nada fácil. Ambas as equipas defenderam homem a homem toda a 1ª parte com o FC Porto mais agressivo no corte das linhas de passe, o que valeu ao Olivais alguns cestos de belo efeito na sequência de rápidos cortes nas costas dos defesas. O FC Porto procurou usar o peso e altura do seu jogo interior tanto nos movimentos atacantes como na luta dos ressaltos, mas o Olivais respondeu com uma maior mobilidade que lhe valeu várias recuperações de bola. No lançamento exterior o FC Porto mostrou mais soluções mas nem sempre seleccionou bem, e o Olivais manteve-se na frente do marcador tanto no fim do 1º período (19-16) como do 2º (38-36). Na 2ª parte o FC Porto entrou a defender zona e o jogo mudou. Faltou variedade ao tiro exterior do Olivais que não encontrou soluções no ataque planeado, e apenas conseguiu 10 pontos no 3º período, a maioria dos quais em contra-ataques na sequência de roubos de bola. O FC Porto teve no 3º o seu melhor período, o único que venceu mas que lhe deu a vantagem suficiente (48-56) para ganhar o jogo. No 4º período o lançamento exterior do FC Porto perdeu alguma eficácia e o Olivais reequilibrou a partida. A 2 minutos do fim, 1 triplo do Olivais colocou-o a 1 ponto do FC Porto, mas os seguintes 40 segundos decidiram tudo. Dois cestos do FC Porto, 1 deles triplo, fixaram o resultado final (61-67). No minuto e 20 segundos que faltavam para jogar, nenhuma das equipas conseguiu manter a serenidade, e a cada perda de bola do FC Porto seguiu-se um lançamento falhado do Olivais. No seu conjunto o encontro teve um nível elevado para a competição em que se insere, equilibrado do princípio ao fim e com as equipas concentradas em quase todo o tempo.
Nos restantes jogos da Zona Norte, realce para os últimos da tabela. Os Atómicos venceram em casa a Sanjoanense (70-66) e somaram a 2ª vitória na prova ao fim de 16 jornadas. O União da Madeira, depois de várias derrotas por margens elevadas e com marcações muito baixas, recebeu o Gaia e perdeu por apenas 4 pontos (53-57). Vitórias caseiras por diferenças elevadas do Infante de Montemor sobre os Salesianos (82-31) e do Guifões sobre o Beira-Mar (88-46).
Como os 5 primeiros voltaram a ganhar, a diferença deste grupo para os restantes aumentou novamente. FC Porto (15v/1d), Vale de Cambra (13v/3d), Gaia (12v/4d) e Guifões e Infante de Montemor, ambos com (10v/6d) destacam-se de Valença e Olivais, ambos com (7v/9d), Beira-Mar (7v/8d), Sanjoanense (6v/10d) e Salesianos (5v/11d). Atómicos (2v/14d) e União da Madeira (1v/14d) continuam em 11º e 12º. A 6 jornadas do fim da fase regular, Vale de Cambra, Gaia, Guifões e Infante de Montemor consolidaram a vantagem para virem a ocupar os 4 lugares preferenciais para o Play-off.
Na Zona Sul não houve grandes surpresas. Os 2 últimos perderam em casa e vêm assim mais remota a hipótese de evitar a descida de divisão. Cruz-Quebradense perdeu com o Olhanense (98-99) após prolongamento e Albufeira com o Montijo (56-67). CA Queluz venceu claramente o Atlético (85-63) parecendo querer voltar à forma do início da época e confirmando a mini-crise que atingiu o Atlético. O Algés foi vencer fora o Basket Queluz (39-59), recuperando do resultado negativo da jornada anterior. O Benfica foi aos Açores vencer o Micaelense (79-85) e o Moscavide ganhou em casa ao Imortal (64-59), corrigindo a derrota da 1ª volta. A meio da semana o CAR Jamor venceu em casa o Moscavide (66-60). A evolução dos jovens do CAR é evidente, mas ao procurarem executar bem e depressa, por vezes o “depressa” prejudica o “bem”. Faltará à equipa ganhar alguma maturidade emocional que lhe há-de permitir uma maior regularidade de desempenho. Na semana em curso O CAR Jamor deslocou-se aos Açores para realizar os dois jogos com o Micaelense. No primeiro dos dois o CAR venceu por (65-58) e passou o seu registo para (8v/6d).
A classificação mostra na Zona Sul mais equilíbrio do que na Zona Norte. Algés e Benfica mantêm-se destacados no 1º lugar (13v/3d), mas daí para baixo as diferenças são mínimas. Montijo é 3º (11v/5d), CA Queluz 4º (10v/6d) e Imortal 5º (9v/7d). Atlético, Micaelense e Moscavide partilham o 6º lugar (8v/8d), o Olhanense é 9º (7v/9d) e Basket Queluz o 10º (5v/11d). Nos lugares do fim, Cruz-Quebradense e Albufeira mantêm-se igualados (2v/14d). O Algés continua em vantagem na luta pelo 1º lugar de acesso ao Play-off, mas para os restantes está tudo em aberto. A luta pela melhor posição de acesso ao Play-off vai intensificar-se, e as diferenças pontuais vão ganhar importância para os possíveis casos de igualdade na classificação final.
Os próximos jogos disputam-se em:
Zona Norte
Dia 20 de Fevereiro
FC Porto-Guifões às 15.00h no CDC Matosinhos
Sanjoanense-Olivais às 17.00h no Pav. Mun. Paulo Pinto
Salesianos-Vale de Cambra às 18.00h no Pav. Orfãos do Porto
Valença-Gais às 21.00h no Pav. Mun. de Valença
Beira-Mar-Infante de Montemor às 21.30h no Pav. do Beira-Mar
Dia 21 de Fevereiro
União da Madeira-Atómicos às 18.30h no Pav. B. Perestrelo
Zona Sul
17 de Fevereiro
Micaelense-CAR Jamor às 21.00h na EBI Canto da Maia
19 de Fevereiro
Benfica-CA Queluz às 21.30h no Pav. Império Bonança
Atlético-Cruz-Quebradense às 21.30h na Tapadinha
Dia 20 de Fevereiro
Algés-Albufeira às 16.00h no Pav. Gomes Pereira
Montijo-Micaelense às 16.00h no Pav. Mun. nº1 do Montijo
Imortal-Basket Queluz às 17.00h no Imortal DC
Dia 21 de Fevereiro
Olhanense-Moscavide às 17.30h no Ginásio do Olhanense