quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Análise CNB 1 - Planeta Basket 18.02.2010




Cheerleaders em Vale de Cambra


O intervalo e o 4º período do jogo foram os melhores momentos do Vale de Cambra no jogo de sábado passado com o Valença. Ao intervalo exibiu-se uma classe de dança que, além de se apresentar com as cores das Laker Girls, mostrou trabalho meritório num número agradável de seguir.

Em Portugal não é comum as equipas preocuparem-se em fazer do jogo um espectáculo que atraia e cative espectadores, nem sequer nas competições principais. Mais realce merece por isso a preocupação do Vale de Cambra em fazer do jogo a festa que ele deve ser. A 1ª parte foi de predominância da equipa da casa, face a um Valença que desperdiçou várias posses de bola a forçar iniciativas de 1 contra 5, à partida condenadas ao fracasso. A vantagem de 12 pontos ao intervalo (36-24) parece ter levado o Vale de Cambra a menosprezar o adversário e a desconcentrar-se. No 3º período foram os da casa que seleccionaram mal os lançamentos e privilegiaram o individualismo, deixando os do Minho aproximarem-se a 4 pontos (54-50). Ambas as equipas falaram muito durante o jogo, o que tem habitualmente um efeito de baixa de rendimento pela distracção que provoca. Mas no 4º período o Vale de Cambra entrou totalmente concentrado, elevou o ritmo de jogo usando alternadamente rápidas penetrações e lançamentos exteriores e cilindrou o Valença por 23-8, com 6 dos 8 pontos do Valença a serem marcados no último minuto, com o jogo já resolvido. O resultado final (77-58) evidencia o maior número de soluções do Vale de Cambra, rápido a sair para o contra-ataque, agressivo a defender e capaz de marcar pontos de diferentes posições do campo. O Valença apresentou aqui e ali bons movimentos, mas as acções pouco pensadas predominaram no seu jogo, não lhe permitindo discutir o resultado.

Grande jogo na cidade da Velha Academia, onde o FC Porto se deslocou para defrontar o Olivais e acabou por passar no exame, embora a tarefa não tenha sido nada fácil. Ambas as equipas defenderam homem a homem toda a 1ª parte com o FC Porto mais agressivo no corte das linhas de passe, o que valeu ao Olivais alguns cestos de belo efeito na sequência de rápidos cortes nas costas dos defesas. O FC Porto procurou usar o peso e altura do seu jogo interior tanto nos movimentos atacantes como na luta dos ressaltos, mas o Olivais respondeu com uma maior mobilidade que lhe valeu várias recuperações de bola. No lançamento exterior o FC Porto mostrou mais soluções mas nem sempre seleccionou bem, e o Olivais manteve-se na frente do marcador tanto no fim do 1º período (19-16) como do 2º (38-36). Na 2ª parte o FC Porto entrou a defender zona e o jogo mudou. Faltou variedade ao tiro exterior do Olivais que não encontrou soluções no ataque planeado, e apenas conseguiu 10 pontos no 3º período, a maioria dos quais em contra-ataques na sequência de roubos de bola. O FC Porto teve no 3º o seu melhor período, o único que venceu mas que lhe deu a vantagem suficiente (48-56) para ganhar o jogo. No 4º período o lançamento exterior do FC Porto perdeu alguma eficácia e o Olivais reequilibrou a partida. A 2 minutos do fim, 1 triplo do Olivais colocou-o a 1 ponto do FC Porto, mas os seguintes 40 segundos decidiram tudo. Dois cestos do FC Porto, 1 deles triplo, fixaram o resultado final (61-67). No minuto e 20 segundos que faltavam para jogar, nenhuma das equipas conseguiu manter a serenidade, e a cada perda de bola do FC Porto seguiu-se um lançamento falhado do Olivais. No seu conjunto o encontro teve um nível elevado para a competição em que se insere, equilibrado do princípio ao fim e com as equipas concentradas em quase todo o tempo.

Nos restantes jogos da Zona Norte, realce para os últimos da tabela. Os Atómicos venceram em casa a Sanjoanense (70-66) e somaram a 2ª vitória na prova ao fim de 16 jornadas. O União da Madeira, depois de várias derrotas por margens elevadas e com marcações muito baixas, recebeu o Gaia e perdeu por apenas 4 pontos (53-57). Vitórias caseiras por diferenças elevadas do Infante de Montemor sobre os Salesianos (82-31) e do Guifões sobre o Beira-Mar (88-46).

Como os 5 primeiros voltaram a ganhar, a diferença deste grupo para os restantes aumentou novamente. FC Porto (15v/1d), Vale de Cambra (13v/3d), Gaia (12v/4d) e Guifões e Infante de Montemor, ambos com (10v/6d) destacam-se de Valença e Olivais, ambos com (7v/9d), Beira-Mar (7v/8d), Sanjoanense (6v/10d) e Salesianos (5v/11d). Atómicos (2v/14d) e União da Madeira (1v/14d) continuam em 11º e 12º. A 6 jornadas do fim da fase regular, Vale de Cambra, Gaia, Guifões e Infante de Montemor consolidaram a vantagem para virem a ocupar os 4 lugares preferenciais para o Play-off.

Na Zona Sul não houve grandes surpresas. Os 2 últimos perderam em casa e vêm assim mais remota a hipótese de evitar a descida de divisão. Cruz-Quebradense perdeu com o Olhanense (98-99) após prolongamento e Albufeira com o Montijo (56-67). CA Queluz venceu claramente o Atlético (85-63) parecendo querer voltar à forma do início da época e confirmando a mini-crise que atingiu o Atlético. O Algés foi vencer fora o Basket Queluz (39-59), recuperando do resultado negativo da jornada anterior. O Benfica foi aos Açores vencer o Micaelense (79-85) e o Moscavide ganhou em casa ao Imortal (64-59), corrigindo a derrota da 1ª volta. A meio da semana o CAR Jamor venceu em casa o Moscavide (66-60). A evolução dos jovens do CAR é evidente, mas ao procurarem executar bem e depressa, por vezes o “depressa” prejudica o “bem”. Faltará à equipa ganhar alguma maturidade emocional que lhe há-de permitir uma maior regularidade de desempenho. Na semana em curso O CAR Jamor deslocou-se aos Açores para realizar os dois jogos com o Micaelense. No primeiro dos dois o CAR venceu por (65-58) e passou o seu registo para (8v/6d).

A classificação mostra na Zona Sul mais equilíbrio do que na Zona Norte. Algés e Benfica mantêm-se destacados no 1º lugar (13v/3d), mas daí para baixo as diferenças são mínimas. Montijo é 3º (11v/5d), CA Queluz 4º (10v/6d) e Imortal 5º (9v/7d). Atlético, Micaelense e Moscavide partilham o 6º lugar (8v/8d), o Olhanense é 9º (7v/9d) e Basket Queluz o 10º (5v/11d). Nos lugares do fim, Cruz-Quebradense e Albufeira mantêm-se igualados (2v/14d). O Algés continua em vantagem na luta pelo 1º lugar de acesso ao Play-off, mas para os restantes está tudo em aberto. A luta pela melhor posição de acesso ao Play-off vai intensificar-se, e as diferenças pontuais vão ganhar importância para os possíveis casos de igualdade na classificação final.



Os próximos jogos disputam-se em:

Zona Norte

Dia 20 de Fevereiro


FC Porto-Guifões às 15.00h no CDC Matosinhos

Sanjoanense-Olivais às 17.00h no Pav. Mun. Paulo Pinto

Salesianos-Vale de Cambra às 18.00h no Pav. Orfãos do Porto

Valença-Gais às 21.00h no Pav. Mun. de Valença

Beira-Mar-Infante de Montemor às 21.30h no Pav. do Beira-Mar


Dia 21 de Fevereiro


União da Madeira-Atómicos às 18.30h no Pav. B. Perestrelo


Zona Sul

17 de Fevereiro


Micaelense-CAR Jamor às 21.00h na EBI Canto da Maia


19 de Fevereiro


Benfica-CA Queluz às 21.30h no Pav. Império Bonança

Atlético-Cruz-Quebradense às 21.30h na Tapadinha

Dia 20 de Fevereiro


Algés-Albufeira às 16.00h no Pav. Gomes Pereira

Montijo-Micaelense às 16.00h no Pav. Mun. nº1 do Montijo

Imortal-Basket Queluz às 17.00h no Imortal DC


Dia 21 de Fevereiro


Olhanense-Moscavide às 17.30h no Ginásio do Olhanense

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Clube Basket de Queluz 39 - 59 Alges





Este fim de semana o Clube Basket de Queluz (10º) recebeu o Algés (1º) em jogo a contar para a 16ª Jornada, na qual os lideres da prova conseguiram impor o seu estilo de jogo e garantir uma vitoria importante, depois de terem sofrido uma derrota por 23 pontos contra o Montijo (3º).

O Algés entrou muito forte no jogo, conseguindo parar o ataque do CBQ através de uma defesa intensa, e de uma rápida rotação defensiva às mudanças de lado da bola e às situações de 2x1 no nosso jogo interior. A defesa resultou em sistemáticos contra-ataques que o Algés soube concretizar e quando não finalizava em contra-ataque, o ataque organizado com muita movimentação e constantes bloqueios indirectos abria espaços que os jogadores do CBQ não conseguiram anular. No final do 1º período o Algés demonstrava a sua superioridade através de um resultado de 4-21.

A partir do 2º período o CBQ assumiu aos poucos o jogo, conseguindo encontrar o seu ritmo ofensivo e principalmente, através de uma defesa mais activa, eliminar os espaços dados até então ao ALgés em ataque organizado, e efectuando o balanço defensivo de forma a evitar as situações de contra-ataque. A partir deste momento foi notória a dificuldade do Algés em libertar-se ofensivamente, marcando poucos pontos, e através de ataques equilibrados e faltas provocadas posteriormente convertidas da linha de lance-livre o CBQ consegui diminuir a desvantagem e ir para o intervalo a perder por 10 pontos.

O 3º período foi de equilíbrio constante, em que os sistemas defensivos voltaram a ser superiores às movimentações ofensivas e onde a luta pela posse de bola foi de uma entrega total. Mais uma vez o CBQ anulou bem as transições ofensivas do Algés através de um balanço defensivo eficiente obrigando-os a jogar em 5x5 (ataque organizado) onde teríamos maior vantagem, conseguindo assim, reduzir a diferença pontual até 6 pontos, que infelizmente não consegui segurar. No final do 3º período a diferença pontual era de 10 pontos.

O 4º período Através de mudanças defensivas o CBQ conseguiu surpreender momentaneamente o Algés, mas a fadiga começava-se a notar e a defesa agressiva do Algés soube aproveitar esse facto. O Algés provocou turnovers e roubos de bolas, o que lhes permitiu finalizar em contra-ataque aquilo que não tinham sido capazes de fazer em ataque organizado. Nos últimos minutos a equipa do CBQ não conseguiu manter a concentração precipitando-se no ataque, com lançamentos rápidos, sem preparação ou protecção no ressalto ofensivo o que abriu espaço para o Algés fazer o que gosta mais, correr e contra-atacar acabando com 20 pontos de vantagem. 39-59.

Próxima jornada temos uma deslocação ao Algarve para defrontar o Imortal de Albufeira, na luta pela entrada nos play-off.

Cumprimentos